quinta-feira, 18 de julho de 2013

Feira de Economia Criativa da Caravana de Cultura e Humanização estreia em Assis Brasil


A família do professor indígena Jaime Manchineri, viajou um dia de barco de sua aldeia Nova União para participar da Feira (Foto: Assessoria FEM)
A família do professor indígena Jaime Manchineri viajou um dia de barco de sua aldeia Nova União para participar da feira (Foto: Assessoria FEM)
Uma vitrine de produtos culturais. Assim é  a Feira de Economia Criativa, ação do projeto Caravana de Cultura e Humanização. A primeira delas ocorreu em Assis Brasil, na noite de terça-feira, 16, na Praça Senador Guiomard. O espaço serviu de palco para várias apresentações artístico-culturais, e comercialização de produtos.
A mostra reuniu mural fotográfico, artesanato, teatro, cinema e cultura popular. O público lotou o espaço para assistir às apresentações da Banda de Percussão Infantil da Escola Íris Célia Cabanellas Zannini e de sua quadrilha junina. Além disso, alunos da Oficina Intensiva de Teatro, dirigida por Cleber Barros, apresentaram o esquete “Diga Não às Drogas”.
Mostra e comercialização de produtos
A mostra reuniu artesãos que pela primeira mostraram seus produtos em feiras. A família do professor indígena Jaime Manchineri viajou um dia de barco de sua aldeia Nova União para participar da feira. “Estamos satisfeitos. Conseguimos vender quase todas as peças. Nunca participamos de feiras, e como estamos aprimorando nosso artesanato e nossa arte, essa é uma oportunidade de mostrar a cultura de meu povo, além de ganhar um dinheiro”, disse o professor.
O público lotou o espaço para prestigiar toda a programação cultural e artística (Foto: Assessoria FEM)
O público lotou o espaço para prestigiar toda a programação cultural e artística (Foto: Assessoria FEM)
Pulseiras, colares, bolsas e panos com grafismos dos Manchineri compõem o mostruário. São peças feitas pelas mulheres e homens, com desenhos de cobras, peixe tambuatá e da teia de aranha, com seus mais variados significados.
Reciclar para preservar - Assis Brasil, por meio do trabalho de seus artesãos e artistas, reuniu uma mostra com produtos que remetem de forma arrojada uma preocupação com a preservação do meio ambiente. A professora e artesã Lisangela Lanes marcou sua estreia na feira. Ela expôs uma leque de produtos entre almofadas e toalhas. Uma das peças mais arrojadas é a toalha com pontos de crochê ‘alto’ e ‘correntinha’ toda confeccionada com sacolas plásticas de supermercado. Ela também utiliza retalhos para compor seu mostruário.
Artesã Lisangela Lanes pretende ensinar a confecção de produtos com sacolas plásticas unindo arte e reciclagem (Foto: Assessoria FEM)
Lisangela Lanes pretende ensinar a confecção de produtos com sacolas plásticas unindo arte e reciclagem (Foto: Assessoria FEM)
“Uma tolha dessa leva três meses para ficar pronta. É um trabalho gratificante, pois, ao mesmo tempo, estou agregando valor, já que com isso faço a minha parte para preservar o meio ambiente. Estou muito feliz com essa ideia do governo do Estado, com o projeto da Caravana. Nós precisamos ser lembrados, e nos sentirmos valorizados, é uma oportunidade para nossos jovens”, comenta a professora, que tem como um de seus sonhos ensinar a arte que desenvolve com sacolas plásticas. As barracas distribuídas por toda a praça trouxeram ainda produtos da arte em balões, peças em bordado, pescaria, comidas, doces típicos da região e outros.
O que é a Caravana de Cultura e Humanização
O projeto existe em todas as cidades acreanas. Uma ideia que pretende estimular e valorizar práticas culturais, artísticas e de humanização, além de trabalhar na construção de políticas públicas do governo do Estado. O projeto teve início em Assis Brasil e já está atuando em sua segunda cidade, Epitaciolândia. Um leque de oficinas é oferecido, além da Feira de Economia Criativa. Elas abrangem conteúdos que tratam do processo organizacional, passando pelas artes, até o patrimônio cultural. A Caravana é promovida pelo do governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) e da Diretoria de Humanização da Gestão Pública.

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